Alma em teu delirante desalinho,
           Crês que te moves espontaneamente,
           Quando és na Vida um simples rodamoinho,
           Formado dos encontros da torrente!
         
Moves-te porque ficas              no caminho
           Por onde as cousas passam, diariamente:
           Não é o Moinho que anda, é a água corrente
           Que faz, passando, circular o Moinho...
         
Por isso, deves sempre              conservar-te
           Nas confluências do Mundo errante e vário.
           Entre forças que vem de toda parte.
         
A espiral, cujo giro imaginário
É apenas a Ilusão do Movimento!...
Raul de Leoni



Lindo! Mas às vezes é tão difícil preservar a alma...
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