Nunca mais me esqueci! ... Eu era criança
           E em meu velho quintal, ao sol-nascente,
           Plantei, com a minha mão ingênua e mansa,
           Uma linda amendoeira adolescente.
         
         
           Era a mais rútila e íntima esperança...
           Cresceu... cresceu... e aos poucos, suavemente,
           Pendeu os ramos sobre um muro em frente
           E foi frutificar na vizinhança...
         
         
           Daí por diante, pela vida inteira,
           Todas as grandes árvores que em minhas
           Terras, num sonho esplêndido semeio,
         
         
           Como aquela magnífica amendoeira,
           E florescem nas chácaras vizinhas
           E vão dar frutos no pomar alheio...
Raul de Leoni
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sábado, 24 de outubro de 2009
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Belíssima homenagem de uma poeta sensível a um grande e inesquecível poeta.
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