Nascemos um para o outro, dessa argila
De que são feitas as criaturas raras;
Tens legendas pagãs nas carnes claras
E eu tenho a alma dos faunos na pupila...
Às belezas heróicas te comparas
E em mim a luz olímpica cintila,
Gritam em nós todas as nobres taras
Daquela Grécia esplêndida e tranquila...
É tanta a glória que nos encaminha
Em nosso amor de seleção, profundo,
Que (ouço ao longe o oráculo de Elêusis)
Se um dia eu fosse teu e fosses minha,
O nosso amor conceberia um mundo
E do teu ventre nasceriam deuses...
Raul de Leoni
(Segundo Agrippino Grieco este soneto "todo brasileiro deveria saber de cor".)
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sábado, 24 de outubro de 2009
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Bom poeta querida
ResponderExcluirQue lindo espaço e com um toque de lirismo e romantismo. Tanto por seu cuidado especial quanto pela presença de grandes nomes da arte literária brasileira. Você e seu espaço são show. Parabéns!!!
Amei a poesia do Raul de Leoni... principalmente o último parágrafo que fala de puro amor.
Beijos mil e lindo dia... Sil
Ops!!!! Bom dia eu quis dizer... rsrss
ResponderExcluirAh!!! Esta passagem:
"Se um dia eu fosse teu e fosses minha,
O nosso amor conceberia um mundo
E do teu ventre nasceriam deuses..."
Lindo demais...
Querida Ceição,
ResponderExcluirObrigada por me convidar para participar desse seu encantador espaço, e por me permitir fazer parte dessa homenagem ao poeta Raul de Leoni.
Parabéns por estar fazendo esse belo trabalho, para nós, amantes da poesia.
Beijos meus, com carinho.
Helena
Sempre que venho aqui, uma nova e linda cortina se abre!
ResponderExcluirUm grande beijo minha amiga
Bea
Lindíssimos os versos de Raul de Leoni.
ResponderExcluirGrato Conceição, me honra muito tê-la como seguidora no blog.
Abraços
Conceição Bentes , adorei entrar aqui e ler este belo soneto deste grande Escritor, meus cumprimentos a você pela importante postagem, poesia pura,
ResponderExcluircom admiração,
Efigênia Coutinho
In New York
Muito lindo esse soneto... (ARGILA)
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